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1º Encontro Luso Galaico de Cinema de Animação

Balanço / Ilações / ponto de vista próprio

Abertura Oficial

·        Presença de altos representantes das principais instituições ligadas ao Cinema de Animação Portuguesas e Galegas:

·        Intenções políticas de apoio a cooperações entre Portugal e a Galiza da parte do ICAM e do Consórcio Galego para o Audiovisual.

·        Presença considerável de profissionais Portugueses e Galegos

·        Presença do CCRN e intenção de apoio à apresentação de projectos ao INTERREG (candidaturas até 31 de Janeiro)

·        Pretensão de apresentar projectos conjuntos no próximo Forum Cartoon em Santiago.

 

 

1º Debate – O Cinema de Animação em Portugal e na Galiza

·        A realidade Galega suscitou grande interesse da parte dos produtores Portugueses. Como foi possível a Galiza desenvolver-se neste campo de uma forma tão nítida em tão pouco tempo?:

o       Estratégia consertada entre os organismos públicos, as empresas e as universidades:        

§         O Audiovisual como sector privilegiado na política de desenvolvimento da Xunta da Galiza

§         A importância da formação oferecida pelo programa Media que os produtores Galegos souberam aproveitar e desenvolver

·        EAVE

·        Cartoon Masters

·        Cartoon Future

·        Formação contínua e permanente dos produtores, mesmo em áreas complementares como a escrita de guiões, por exemplo.

§         Consertação de esforços conjuntos entre os vários intervenientes do sector, à volta da criação de associações profissionais: AEPA, AGAPI

§         Investimento na preparação e promoção dos filmes. O orçamento de preparação e promoção é superior ao da própria produção.

§         Da parte Portuguesa apenas a APIA FILMES aposta numa política idêntica, ainda em fase de implementação, mas baseada numa co-produção já efectiva com a Dygra Filmes.

·        A ausência de análise efectiva da Produção Portuguesa de curtas metragens revela a falta de interesse nesta área da parte Galega, uma vez que ela não se enquadra na política empresarial e industrial que pretendem consolidar na Galiza. E também a falta de dinâmica da parte Portuguesa, que atravessa alguma crise mesmo neste sector, também incapaz de se fazer ouvir.

o       Se no passado a produção nacional apresentava uma vitalidade e uma qualidade internacionalmente reconhecida, o que se produz hoje não suscita o mesmo interesse.

o       Por outro lado a qualidade industrial tantas vezes desprezada pela “inteligência” nacional começa a mostrar que não deve nada à qualidade apresentada actualmente no sector das curtas.

 

 

2º Debate – Ensino e Formação em Animação

·        Necessidade de se organizar uma comissão para fazer um levantamento das necessidades das produtoras, das acções de formação oferecidas pelas diversas instituições e estudar formas de colaboração entre o sector produtivo e o ensino bem como propor uma articulação vertical dos planos curriculares de cada formação.

·        Acordo tácito entre a APPA, a Casa da Animação e a Associação Galega dos Produtores de Animação em levar esta comissão para diante, tentando incluí-la numa estratégia global de formação a candidatar ao INTEREG, com acções de formação para produtores (montagem de séries televisivas e de longas metragens) a ter lugar na Casa da Animação e a participação de produtores Portugueses nas acções previstas para a Galiza (Mundos Digitais, Cartoon Future) bem como a participação, mesmo sem projectos, no Forum Cartoon de Santiago.

·        Mais uma vez a Galiza apresenta uma estratégia consertada entres os poderes públicos, as empresas e as universidades com vista ao desenvolvimento global do audiovisual na Galiza. Uma estratégia em tudo semelhante à apresentada no panorama da produção e onde se podem destacar:

o       Mundos Digitais

o       Cartoon Future

o       Forum Cartoon em Santiago

No entanto existe também, na Galiza, uma falta de oferta de formação específica em Animação.

·        Em Portugal começa a existir alguma formação, nomeadamente ao nível das escolas de ensino básico, uma formação ao nível técnico profissional (ETIC), uma ausência notória ao nível superior, com excepção da inclusão de alguns semestres dedicados ao Cinema de Animação incluídos em formações ligadas ao Audiovisual, mas sem haver nunca uma formação específica em Animação. Ausência total também ao nível das pós-graduações. Algumas experiências de formação profissional nas próprias empresas.

·        A criação de cursos superiores em Portugal está também dificultada pela ausência (óbvia) de profissionais com as habilitações requeridas pelo Ministério (Mestrados e Doutoramentos).

·        A Casa da Animação deveria tentar implementar acções de formação dirigidas para os profissionais.

 

Uma vez que não foi possível gravar os debates do 1º dia é fundamental pedir a todos os intervenientes para nos enviarem um resumo dos principais pontos das suas intervenções e as suas notas, principalmente aquelas que continham dados concretos sobre a situação do sector.

 

3º Debate – Exibição e distribuição

(ver gravação)

 

4º Debate – Caminhos para a produção Luso Galaica

(ver gravação)

 

Encerramento 

·        CCRN – Intereg

o       Abertura para a apresentação de candidaturas, que tem de ser entregues até 31 de Janeiro

o       O Dr. António Melo (CCRN) poderá ajudar-nos a apresentar o dossier de candidatura ao Intereg

o       O projecto a apresentar deverá assentar no estabelecimento de uma estratégia global de formação para o desenvolvimento integrado do sector (Norte de Portugal e Galiza), passando por:

§         Levantamento das necessidades sentidas pelo sector profissional em termos de quadros.

§         Levantamento das necessidades de formação sentidas

§         Levantamento de todas as ofertas de formação neste sector: Escolas, Universidades, outras Instituições e empresas

§         Tipos de formação e sua articulação com as instituições educativas.

§         Propostas concretas de acções de formação profissional (formação de produtores: montagens de séries TV e de Longas metragens; Animação; formações em Novas Tecnologias)

§         Penso que também deveríamos tentar incluir a edição regular destes encontros Luso - Galaicos de animação

Este projecto terá de ser apresentado em parceria com pelo menos uma instituição Galega. A AEGA mostrou-se desde já interessada em colaborar e:

§         ficou de enviar propostas concretas de cursos para produtores.

§         Disponibilizar acesso dos produtores Portugueses ao curso Mundos Digitais

§         Disponibilizar acesso aos produtores nacionais para participarem no Forum Cartoon em Santiago

 

·        Operação Água: o Elísio de Oliveira mostrou interesse em saber mais sobre este projecto e disse que o Dr. José Pedro Ribeiro está a tratar do dossier de colaboração com os países da CPLP e que vai haver uma reunião dos ministros da cultura destes países em Março próximo, pelo que deveríamos entrar em contacto com ele e apresentar rapidamente o nosso projecto. Disse também que não deveríamos incluir as participações dos Belgas e limitar o projecto ao que for estritamente nosso.

 

 

Sessões de filmes Portugueses e Galegos 2002-2003

·        problemas técnicos em praticamente todas as sessões: porquê fazer cópias? Devíamos projectar sempre os formatos originais que nos enviam. Em alternativa temos de garantir condições profissionais de montagem: Mesa de montagem, com possibilidades de ajustar luminâncias e crominâncias e mesa de mistura áudio com controlo imediato (monitorização) dos volumes de gravação

·        Panorama lamentável da produção nacional. A qualidade das curtas metragens desceu ao nível da produção industrial para TV. A qualidade oferecida pela indústria Galega não deve nada à criatividade nacional,  antes pelo contrário.

·        A necessidade do ICAM rever a sua política de apoio às curtas metragens, diferenciando os vários tipos de apostas de qualidade, com risco sério de nivelar por baixo toda a produção nacional, e de deitar por terra todos os esforços realizados pelas produtoras na década de 90. Se a qualidade não for premiada e se se continuar a apoiar da mesma forma indiferenciada filmes como “A Suspeita” e “Luas” nunca mais haverá “Suspeitas” em Portugal. Os produtores que apostam na qualidade sofrerão eternamente de problemas financeiros, enquanto que os outros não só tiram partido desse esforço como não participam para a promoção nacional como ainda prejudicam a imagem construída com tanto esforço. No final quem aposta na qualidade tem muitas dificuldades em subsistir enquanto que quem não se preocupa com a qualidade é que fica com melhores condições para continuar a trabalhar. Moralidade: o crime (querer ter qualidade) não compensa.

o       Notas:

1 - Em frança os júris de selecção dos projectos apenas avaliam a sua qualidade artística e depois há uma análise conjunta do CNC com os produtores das condições técnicas e financeiras que cada projecto exige. Só depois é que são atribuídos os valores dos apoios.

2 - Em Espanha penso haver um apoio à partida para a produção dos filme e um segundo apoio depois do filme estar concluído, como forma de premiar os resultados obtidos.

 

 

Sessões de apresentação de Projectos para filmes de Animação Portugueses e Galegos 2002-2003

·        Falta de um pivô que apresentasse e coordenasse os trabalhos

·        Necessidade de haver uma comunicação mais estreita e directa entre a mesa e a cabina de projecção, ou em alternativa que as projecções fossem feitas a partir da sala.

·        Necessidade de se fazer um esforço muito maior na apresentação de cada projecto. Investimento na sua divulgação e promoção, sobretudo nos projectos de grande envergadura.

·        Necessidade de estarem presentes possíveis financiadores e co-produtores.

·        Se calhar teria sido muito útil que os projectos tivessem em exposição. Permanentemente durante o encontro.

 

 

Programação em geral

·        O conteúdo da programação foi bom e bastante bem recebido. Penso que será necessário no futuro prever mais tempo para cada actividade e mais tempos entre cada actividade, de forma a potencializar as trocas pessoais de contactos. Será necessário estender os encontros a 3 dias, passando para Domingo algumas das actividades importantes.

·        As sessões de filmes foram muito pouco concorridas, demonstrando a falta de interesse nos filmes apresentados. Nem os próprios intervenientes estavam presentes na sala.

·        Nota negativa para os atropelos nos horários e para os problema técnicos na cabina de projecção.

Salas de projectos

·        (como decorreu esta actividade? Houve tempo para a sua utilização? Houve interessados? Que balanço poderemos fazer?)

 

Demonstração de Software

·        (como decorreu esta actividade? Houve tempo para a sua utilização? Houve interessados? Que balanço poderemos fazer?)

 

 

Gabinete de Imprensa

·        (como decorreu esta actividade? Que balanço poderemos fazer?)

 

 

 

Day –1

·        Necessidade de corrigir os erros de promoção, não houve distribuição dos cartazes grandes, que por sua vez chegaram demasiado tarde. Assim não se justifica gastar dinheiro nestes cartazes. Por outro lado o desenho do cartaz já estava feito há muito tempo e nada justifica que a sua versão em cartaz só me ter sido apresentada na última semana antes do encontro. Nesta altura já não há nada a fazer. Nem a falta de confirmação dos patrocinadores é um justificação suficiente, uma vez que eles apenas aparecem na faixa de baixo e não interferem em nada com o cartaz.

·        Necessidade de manter as reuniões previstas como forma de melhor potencializar o trabalho da equipa. Não houve a reunião de produção prevista. A falta de coordenação leva sempre, inevitavelmente, à concentração de tarefas numa só pessoa. Esta sobrecarga não beneficia nada a eficácia da organização. Eu senti muitas vezes que não tinha nada para fazer, e no entanto, sabia perfeitamente quanto havia ainda por fazer.

·        A falta de clareza no horários leva inevitavelmente a que não se cumpram, o que é particularmente grave em cima dos acontecimentos.

·        É necessário ter mais cuidado com os patrocinadores e dar-lhes visibilidade. Faltou a tal referência aos patrocinadores, que devia ter sido colocada na vitrina à entrada. Faltou também a tal cabeceira para apresentar todas as sessões.

·        Sempre chegou a haver os tais excertos para as TVs?

 

Day 1

·        Mais uma vez os horários de chegada não foram cumpridos

·        Demasiadas pequenas tarefas que já deviam ter sido feitas há muito tempo vieram prejudicar o que deveria ter sido as actividades do dia:

o       A montagem das cassetes para a exposição dos 80 anos, que acabou por não se fazer.

o       Cartões dos participantes (porque não utilizaram o método do Cinanima?)

o       Bilhetes para as sessões

o       Publicidade na rua (que acabou por não ser feita)

o       O cartaz que chegou no próprio dia !!!

·        Foi pena que problemas técnicos tivessem inviabilizado o registo dos debates deste 1º dia dos encontros, teria sido muito útil para a realização das actas.

·        Fiquei descalço na abertura oficial, sem um papel com indicações precisas sobre as pessoas que estavam na mesa e cometi demasiados erros nas apresentações. Foi muito desagradável e causou má impressão.

 

Pós Encontro

·        Lamentavelmente o presidente do ICAM, que parecia estar atento aos debates, não ouviu, ou não quis ouvir, o que se disse durante o encontro. As suas propostas de se acabar com os apoios às séries e os apoios que pretende repartir por 2 projectos de longa metragem, denotam uma falta de compreensão e de estratégia para o sector verdadeiramente alarmantes e sobretudo que não ouviu o que os galegos disseram. De toda uma estratégia global apenas retirou uma pequena frase: a Floresta Mágica foi financiada com apenas 10% de capital público. Para onde foi a política de prioridade para o sector desenvolvida pela Xunta? Para onde foi a articulação com as universidades? Para onde foram os incentivos fiscais, as sociedades de capital de risco e as participações efectivas da banca?

·        É impressionante como continuam nesta terra a empurrar as pessoas para onde elas não querem ir, impingir-lhes tarefas e projectos fora das suas áreas de excelência, como não compreendem que é no que elas sabem fazer de melhor, nos seus próprios projectos, que se conseguem os melhores resultados. Mas não nesta terra estamos todos trocados nas nossas funções e depois querem que sejamos eficientes...


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