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Que públicos para a Casa da Animação

INFANTIL

Há uma ideia generalizada de que a Animação é para Crianças! Então devíamos aproveitar esta ideia feita e desenvolver um espaço de programação especificamente pensado para os mais novos, em horários adaptados às suas disponibilidades e interesses. (Já várias pessoas me perguntaram se não havia sessões aos Domingos de manhã para crianças. Este poderá ser um mercado potencial a desenvolver.)

 

ESCOLAS

Desenvolver o programa de atendimento às Escolas. O que oferecemos hoje é muito pouco e não motiva as escolas a voltarem. Se continuarmos assim cada vez teremos menos escolas a visitar-nos. Temos também de diferenciar as escolas dos diversos níveis de ensino: Primárias, Secundárias e Superiores. Cada uma delas tem características muito próprias e específicas.

 

INTELECTUAIS

Há também uma outra ideia feita de que certas animações são muito intelectuais, pesadas e difíceis. No entanto estes filmes mais Artísticos tem efectivamente o seu público, assim como tem Serralves e toda a Arte Moderna. Temos que saber responder também a este público com uma programação Artística de grande qualidade estética e experimental.

 

CINÉFILOS

Há uma cultura cinéfila construída muito na base de uma cinematografia narrativa e visualmente rica. O público em geral normalmente gosta de filmes narrativos, visualmente ricos, tecnicamente inovadores, com boas histórias e com humor. Este é um público mais amplo, mas que exige cada vez mais qualidade.

 

JOVENS

Aquela idade um pouco estúpida em que já não querem ser apelidados de criança e por isso reagem contra a Animação por ser demasiado infantil, mas que aderem geralmente muito bem aos MANGA. Há um público importante para estes filmes e mesmo nos supermercados vemos hoje uma oferta muito importante destes filmes, ao mesmo tempo que as salas os têm normalmente menosprezado.

 

MISTURAS e CONFUSÕES

Temos que parar de meter tudo no mesmo saco indiscriminadamente e compreender o que o Keith Griffiths foi dizendo ao longo do Simpósio: Há diferentes públicos e se queremos chegar a eles temos de os compreender e oferecer-lhes o que eles querem. Não podemos agradar a Gregos e Troianos ao mesmo tempo. No nosso caso eu acho que isto passa por uma redefinição da nossa estratégia, de um estudo mais aprofundado de cada tipo de público e adaptar as nossas ofertas de programação a estes públicos específicos. Para cada um deste públicos temos de seguir estratégias de promoção diferenciadas. Sem esta clarificação estamos a defraudar as expectativas do nosso já de si reduzido público e assim nunca iremos aumentar as nossas audiências, antes pelo contrário, elas já estão a diminuir. Temos de inverter este processo e conseguir cativar públicos se queremos sobreviver.

Ao apresentarmos as nossas actividades deveríamos sempre clarificar o público a que se destinam, o formato dos filmes em projecção e as línguas em que são passados e se tem ou não legendas. Assim cada um já sabe o que o espera. Se continuarmos a não clarificar estes assuntos, muitas pessoas sentem-se defraudadas, perdem a confiança em vir cá e possivelmente não voltarão.

 

VISUALIDADE

Temos também de mudar o letreiro na porta. O que temos pode ser bonito, mas não se lê e isso dificulta enormemente a localização da CASA.

 

PROGRAMAÇÃO

Temos que criar a figura do Programador, ou programadores, para cada tipo de actividade que nos propomos desenvolver. Seria muito bom podermos ter alguém responsável ppor cad uma destas áreas: Infantil / Escolas; Intelectuais / Cinéfilos ; e Jovens. Alguém que conheça bem o universo de cada uma destas áreas e também o do Cinema de Animação, que se interesse em estudar e desenvolver cada uma destas áreas específicas. Se não tivermos ninguém capaz de assumir cada uma destas vertentes, é melhor não as termos, senão corremos o risco de estar a deitar dinheiro foras e a trabalhar contra imagem que pretendemos para a própria Casa da Animação.


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